A Prática Pedagógica e o Ensino dos Jogos Eletrônicos e E-sports nas Aulas de Educação Física são tema da Formação Continuada, que acontece nesta segunda-feira (12), no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure). O encontro contou com palestra do professor de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Alan Queiroz da Costa, e do doutorando da UFRN, Rodrigo Alves.

A palestra acontece em parceria com o Laboratório de Estudos em Educação Física, Esporte e Mídia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e possui como objetivo discutir e apresentar novas possibilidades pedagógicas com os recursos digitais, incluindo a educação em conjunto com atividades lúdicas.  

O professor da UFPE, Alan Queiroz da Costa, explicou a importância de trabalhar as possibilidades de ensino que os jogos digitais apresentam. “A relevância dos jogos digitais é ficarmos conectados com o conteúdo e com a cultura infanto-juvenil. Pautar os jogos digitais nas aulas de Educação Física é tão importante quanto pautar qualquer outro conteúdo tradicional. O jogo digital faz parte do acervo de cultura das crianças. Os professores pautarem isso é uma mudança de prática, de atitude e reconhecimento dessa cultura infantil”, reforçou o professor.  

A assessora pedagógica de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação, Cibelle Câmara da Silva, destacou o processo de idealização da formação e reforçou o valor de atualização sobre essas novas práticas de ensino. “A temática era muito sugerida pelos professores e eles sentiram a necessidade de conhecer mais sobre a temática. Era um tema que entrou recentemente na grade curricular do curso, e nisso vimos a necessidade de promover esse momento para que eles possam entender esse conteúdo e a utilizar de estratégias para aplicar isso nas aulas de Educação Física”, comentou Cibelle Câmara.

Atuando na Clínica Pedagógica Professor Heitor Carrilho (parceira da SME-Natal), o professor Richarlison de Andrade Fernandes, da Rede Municipal, contou que pretende buscar formas de aplicar os jogos digitais para alunos com algum tipo de deficiência. “Essa didática que os jogos digitais apresentam é bem interessante, quero usar essa ferramenta para proporcionar uma maior socialização entre alunos com alguma deficiência, como o autismo por exemplo. Estou avaliando essa possibilidade”, disse.

A professora da Escola Municipal Professor Arnaldo Monteiro Bezerra, Ilana Diniz, esclareceu que pretende traduzir as funcionalidades dos jogos eletrônicos em conjunto com as práticas corporais da disciplina.  “Eu penso que podemos utilizar a proposta dessa atividade também dentro da quadra, trazendo o jogo para dentro da sala de aula de uma forma diferente, unindo os conceitos pertencentes às práticas da educação física tradicional e incluindo o aluno com esse aspecto do dia a dia dele”, relatou Diniz.