Só quem é mãe sabe a satisfação de ter a chance de ver o filho crescer, dia a dia, ganhar tamanho, corpo e maturidade. Mas quem é mãe, sabe também dos desafios que devem ser enfrentados para educar um jovem, mantê-lo afastado do mundo das drogas, da prostituição, e de saber dar o rumo adequado para uma vida forte, saudável e com progresso, são algumas das missões.
Ana Maria de Andrade, 45, empregada doméstica, mãe de quatro filhos relata sua história de vida de forma muito clara mostrando os resultados que um programa de assistência social provocou em sua família. “Sou pai e mãe ao mesmo tempo, e o ProJovem Adolescente é o meu braço direito. Vou trabalhar e sei que, logo após a escola meus filhos estarão protegidos no núcleo do Programa, longe de todos os perigos da comunidade, que infelizmente não tem a segurança que desejamos, e o melhor: estarão aprendendo alguma coisa que eu não poderia pagar”, afirma a mãe que também se sente beneficiada pelo Programa.
No município do Natal o ProJovem é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), e atua com ações sócio-educativas para garantir a convivência familiar e comunitária de jovens, criando condições para sua inserção, reinserção e permanência no sistema educacional. Age ainda, na promoção da qualificação social e profissional; no desenvolvimento de habilidades e aptidões; valorização da participação social dos jovens; ampliação das referências e oportunidades de acesso à cultura; promoção à saúde; acesso às atividades esportivas e à tecnologia digital, dentre outros.
É voltado para adolescentes com idade entre 15 e 17 anos, priorizando aqueles pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, egressos de medidas sócio-educativas de internação ou em cumprimento de outras medidas, do programa de erradicação do trabalho infantil (PETI) ou vinculados a programas de combate ao abuso e à exploração sexual.
José Mateus, 19 anos, foi o primeiro que passou pelo ProJovem Adolescente. Hoje, trabalha como cozinheiro em um restaurante e estuda. Joseane Priscila, 17 anos, e José Augusto, 16 anos, estão atualmente sendo beneficiados pelo programa. O caçula José Roberto, 14 anos, ainda não tem idade para participar, mas já está ansioso para poder freqüentar as atividades do Projovem. “Por enquanto, ele fica na casa da avó”, conta Ana Maria.
Seu filho primogênito, de 23 anos, infelizmente não teve a mesma sorte dos irmãos. Não participou do ProJovem e teve um destino que está sendo difícil de mudar. Abandonou os estudos e se perdeu no mundo das drogas. “Depois que entra no vício é difícil reverter. Mas lutamos todos os dias para que ele prossiga no tratamento”, desabafa a mãe.
“O ProJovem desenvolve um trabalho muito bonito. A força do programa faz com que nossos filhos cresçam. Os educadores realizam trabalhos, ensinam, oferecem oficinas. Eu me sinto presenteada todos os dias por meus filhos terem a oportunidade de crescimento por meio do ProJovem", declara.