A Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, promove um curso de formação continuada para professores das salas de recursos multifuncionais. A formação acontece no Centro de Educação da UFRN. Nessa segunda-feira aconteceu uma das fases. A próxima está marcada para o dia 14 de maio.

Até o final do ano, 47 professores da rede municipal de ensino se encontrarão em reuniões mensais, divididos em dois grupos: um formado por aqueles que atuam no turno matutino e outro pelos que trabalham durante a tarde, para discutir e compartilhar conhecimentos sobre educação inclusiva de pessoas com deficiências e necessidades educacionais especiais.

A professora Lúcia de Araújo Martins, coordenadora da base de pesquisa sobre educação para pessoas com necessidades educacionais especiais e professora do programa de pós-graduação em Educação na área de Educação Especial da UFRN, ressalta que desde 2009 a formação acontece em reuniões periódicas, mas agora serão reconhecidas com direito a certificado de conclusão.

Segundo a professora Jaciara Matias da Escola Municipal Francisca Ferreira da Silva, localizada na Zona Oeste, “a diversidade de conhecimentos específicos exigidos de professores polivalentes é muito grande”, afirmativa com concordância da colega de trabalho, Marluce Barbosa. As professoras acrescentam que este curso é resultado de mais de 20 anos de luta da categoria.

“Desde a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em Jomtein, na Tailândia, em 1990, discute-se a educação inclusiva. O que tem reflexos em todos os segmentos da sociedade, afinal, todos são beneficiados”, comenta Marluce Barbosa. As duas professoras destacam a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, como mais um passo importante nessa luta por direitos de igualdade.

Para a técnica da SME, Érika Soares, uma das professoras responsáveis por ministrar as aulas do curso aproximadamente 27 escolas municipais, de todas as zonas geográficas da cidade, possuem salas de recursos multifuncionais e que todas as escolas enviaram representantes para participar do projeto.

As aulas são divididas por temas: um dia se discute sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), em outro, o Código Braile é tema das discussões, por exemplo. Estudantes de Pedagogia da UFRN também participam dos debates.