A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, participou, na tarde desta quarta-feira (3), de uma Sessão Solene em homenagem ao folclorista, pesquisador, etnógrafo e escritor Luís da Câmara Cascudo. A solenidade, realizada no Senado Federal, foi requerida pelo senador Paulo Davim para homenagear a memória do potiguar que contribuiu para a história do RN e faleceu em 30 de julho de 1986. A sessão é uma forma de celebrar, ainda, o Dia do Folclore, comemorado em 22 de agosto.


Em seu discurso no plenário, Micarla de Sousa ressaltou que é um desafio falar de um dos maiores homens nascidos em terras potiguares. “Luís da Câmara Cascudo é, inegavelmente, um orgulho para todos nós, brasileiros. Um homem extremamente culto, jornalista e que teve a coragem de romper paradigmas e ser o precursor da cultura potiguar. Quando vamos aos livros, em busca de história, percebemos que existe um divisor de águas que separa a história antes e depois de Cascudo”, enfatizou a prefeita, lembrando a frase imortalizada pelo potiguar e disseminada pelos quatro cantos do mundo. “De tanto pesquisar as nossas raízes, Cascudo chegou à conclusão de que a nossa cultura fazia a riqueza do brasileiro e imortalizou a frase que diz que ‘o melhor do Brasil é o povo brasileiro”.


A chefe do Executivo Municipal aproveitou para convidar as autoridades presentes para conhecer o Instituto Câmara Cascudo, localizado na avenida Junqueira Alves, no bairro de Cidade Alta. “É difícil reverenciar alguém que foi tão ousado e tão grandioso, que resistiu a todos os chamados para partir do Rio Grande do Norte e preferiu continuar em sua cadeira no seu casarão da Junqueira Aires, que continua imortalizada no Instituto Câmara Cascudo”, completou a prefeita.


Além da prefeita Micarla de Sousa e do senador Paulo Davim, várias autoridades também participaram da solenidade, entre elas, o senador José Agripino, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho, a governadora do RN, Rosalba Ciarlini, os deputados federais Henrique Alves, Fábio Faria, Sandra Rosado e Paulo Wagner, além da reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva, e do presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Diógenes da Cunha Lima.


Luís da Câmara Cascudo morreu aos 87 anos, de parada cardíaca, na Casa de Saúde São Lucas, onde havia sido internado com infecção bronco-pulmonar, insuficiência coronária e lesões no aparelho renal. No sítio do Senado foi disponibilizado um documentário sobre o potiguar Câmara Cascudo no endereço www.senado.gov.br/tv.