Levar informação para uma reavaliação de hábitos coletivos e individuais na preservação de um dos maiores bens do planeta: a água. Esse foi o objetivo da mobilização realizada na quarta-feira (23) por estudantes da Escola Estadual 15 de Outubro, no conjunto Santarém, e profissionais do Departamento de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para celebrar o Dia Mundial da Água na cidade. Apresentações culturais, exposição de cartazes informativos produzidos pelos próprios estudantes e passeata pelas ruas do bairro marcaram a iniciativa.

A preparação para uma comemoração com roupagem educativa e que envolvessem toda a comunidade para a data começou duas semanas antes do evento, quando profissionais da Vigilância Ambiental visitaram a escola para debater com professores e gestores como sensibilizar estudantes e a comunidade para a importância dos cuidados com a água, para uma melhor qualidade de vida da população.

“A escola e a unidade de saúde do local abriram as portas para a ação e debates de temas como a questão do descarte e armazenamento correto do lixo, os ciclos e processo de tratamento da água na escola, tudo para chamar atenção para a questão do consumo racional da água, além de esclarecer sobre projetos da Vigilância Ambiental, como o Vigia Água, que utiliza a escola 15 de Outubro como um dos postos de coleta para a análise da água em Natal”, destacou a chefe do Departamento de Vigilância Ambiental, Liene Medeiros.


O estudante Gabriel Garcia Barroso, de 10 anos, conta que o seu cartaz desenhos e explicações sobre a evaporação da água na superfície da terra, exposto no pátio da escola, foi feito com a participação de mais quatro colegas de classe, logo após assistirem um filme exibido em sala pela professora. “Foi muito nteressante.Vimos que a água evapora, como ocorre numa panela quando está fervendo, mas que depois ela volta para os mares e para a terra pela chuva, mas que a água potável é pouca e não podemos desperdiçar.

Para a diretora da escola, Wilma Maria do Nascimento, a atividade conseguiu envolver toda a comunidade e se caracteriza numa relevante contribuição para a formação da consciência ambiental destas crianças e adolescentes. “Os profissionais da Vigilância trabalharam diversos aspectos do tema, sempre relacionando com o cotidiano da comunidade, como todos podem ser afetados diretamente pela falta de cuidados com a água na cidade e como ela, mesmo sendo essencial para a saúde, também pode ser foco de doenças quando não recebe a atenção necessária de todos os setores da sociedade”, colocou. “Aprendi que não podemos jogar lixo em qualquer lugar, porque entope bueiros e causa alagamentos nas casas e também pode poluir rios, afetando o local de sobrevivência de diversos seres vivos e sujando a água que consumimos e um exemplo bem próximo da gente é o Rio Potengi. Outra coisa bastante relembrada foi a questão da água parada, para evitar a dengue”, enumera o estudante Marcos Vinícius Souza, de 16 anos.