A Prefeitura do Natal, pelo segundo ano consecutivo, se engaja na Campanha Mundial pelo fim da violência contra a mulher. No dia 25 de novembro, em todo o Brasil, será lançada por uma grande rede de organizações não-governamentais e governamentais a Campanha: “16 Dias de Ativismo para o enfrentamento à Violência contra as Mulheres”. O evento é um período de ações de enfrentamento que têm início dia 25 (Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher) e se encerra no dia 10 de dezembro.


A ação já envolve 156 países em todo o mundo, e no Brasil, governos, parlamentares, organizações, redes, movimentos feminista e de mulheres e de direitos humanos, empresas públicas e privadas, veículos de comunicação e cidadãos também se mobilizam, numa extraordinária campanha de âmbito nacional com a finalidade de combater a violência contra as mulheres e fortalecer nelas a auto-estima. A Prefeitura do Natal lança sua programação de atividades alusivas a Campanha, por intermédio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social – Semtas, da Secretaria Adjunta de Integração Social e do Departamento da Mulher.

Durante a manhã do dia de início da Campanha (25), a Secretária Adjunta. de Integração Social, Josi Pontes, irá conduzir a primeira ação da Semtas. Será realizada, na Assembleia Legislativa, uma Mesa Redonda Intitulada: Natal nos 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher. "O foco principal de discussão será a violência doméstica: a Lei Maria da Penha e a notificação compulsória, como forma de debater, esclarecer, lembrar, protestar e chamar a atenção para a problemática que atinge as mulheres e a toda sociedade. A mesa redonda é mais uma oportunidade de tratar o assunto à luz de nossa realidade, uma vez que as mulheres enfrentam as guerras cotidianas promovidas pelas dificuldades, pela violação dos direitos sociais e humanos produzidos pelas diversas formas de violência”, afirma Josi Lucas.


O evento terá a participação de todos os técnicos do Departamento da Mulher (Centro de Referência Mulher Cidadã e Casa Abrigo Clara Camarão), do Departamento de Proteção Social Básica e Social, Representantes das Secretarias de Educação e Saúde, Conselho da Mulher; Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho do Idoso, Promotoria, Fórum de Mulheres, dentre outros.

Dentro da programação da Semtas, os cidadãos natalenses poderão contar ainda com uma série de palestras sobre saúde do homem e fim da violência contra a mulher. As palestrar irão acontecer em todas as unidades dos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS, localizados nas comunidades da África, Felipe Camarão, Guarapes, N. S. da Apresentação, Pajuçara, Passo da Pátria, Planalto e Salinas. "É uma oportunidade de unirmos os homens para um momento de cuidado com a saúde e também contagia-los na luta pelo fim da violência contra a mulher", ressalta Josi Lucas.


Mais informações sobre a Campanha:


Embora tenha ocorrido nos últimos anos maior conscientização para minimizar a violência contra as mulheres, elas continuam enfrentando violações em números alarmantes e novas formas de violência estão surgindo. A violência decorrente das relações militares é uma delas e por isso virou o tema da campanha: “Estruturas da Violência: definindo as intersecções do militarismo e da Violência Contra as Mulheres”.


O militarismo é uma forma diferente de ver o mundo posto que, parte da presunção de que todos nós temos inimigos (familiares, vizinhos, as pessoas em geral) e que a violência é uma forma eficaz de resolver problemas. A violência contra mulher é caracterizada por “qualquer ato ou conduta baseado no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a mulher, na esfera pública como privada” A violência relacionada ao militarismo é uma ideologia “que cria uma cultura de medo, do uso da agressão ou intervenções militares de resolução de litígios e execuções das políticas e interesses econômicos. É uma psicologia que muitas vezes tem consequências graves para a verdadeira segurança das mulheres e da sociedade como um todo.


Cabem, então, ao poder público, organizações, fóruns, instituições que trabalham com essa problemática a responsabilidade de enxergar as estruturas existentes que propiciam a existência e o desencadeamento das formas de violência, dentre elas a de gênero.