Os educadores infantis, estagiários, coordenação e gestão pedagógica do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Antônia Fernanda Jalles, localizado no Pitimbu, participaram de uma Roda de Conversa com o tema “Altas Habilidades/Superdotação na Educação Infantil”, promovida pelo Setor de Educação Especial (SEE) da Secretaria Municipal de Educação, com a professora Ivana Lucena, pesquisadora e especialista do Coletivo do Centro de Altas Habilidades do Brasil. A roda de conversa aconteceu na terça-feira (09), no horário de planejamento dos educadores e também contou com assessores pedagógicos dos departamentos de Educação Infantil (DEI) e Ensino Fundamental (DEF).

 

A assessora pedagógica do SEE, Elda Clotilde dos Santos Silva, reforçou que o setor está organizando esse mês, atividades para celebrar a data de 10 de agosto, que é o Dia Internacional das Altas Habilidades/Superdotação.  “É importante para que todos os professores, coordenadores, gestores, ampliem o olhar no processo de identificação, fortalecendo o pilar da educação inclusiva, colocando nossas crianças como protagonistas e trazendo visibilidade. Essas crianças, público da Educação Especial, têm direitos, são atendidas no Atendimento Educacional Especializado (AEE) para iniciar esse processo de identificação nas suas necessidades e para que tenha também uma suplementação na área de interesse de cada criança”, explicou Elda Silva.

 

A professora Ivana Lucena, falou sobre as diretrizes de como atender esses estudantes na rede pública de ensino. Destacou que os alunos com superdotação possuem capacidades incomuns nas áreas linguísticas, criatividade, envolvimento com a tarefa. “Se perceber ainda em sala de aula que a criança se destaca muito na leitura, oralidade, usa termos que crianças da mesma idade não usa, pinta, desenha muito bem, mostrando uma habilidade acima da média comparando com seus os pares. As atividades deste estudante têm que apresentar desafios superiores ao que o professor está propondo para os outros estudantes”, ressaltou.  

 

A professora Ivana Lucena reforçou que a Educação Infantil tem que ter muito cuidado com esse parecer de Altas Habilidades/Superdotação, porque pode indicar apenas uma condição observada naquele estágio da vida da pessoa. Na Educação Infantil precisa ser atendido dentro das necessidades específicas, observando o comportamento e as produções da criança e ficar atento para procurar comprovar os indicadores de superdotação. “Se houver características precisa ser encaminhado para educação especial e ser atendido. Esse processo de observação para identificação no espaço escolar é de no mínimo quatro meses ou pode durar um ano ou dois anos”, considerou.

 

“É um primeiro passo, um despertar, fazer e contribuir para uma educação de qualidade que atenda todas as crianças em suas idades, que estimule e desenvolva os potenciais delas e nós estamos atentos sempre para buscar e poder incluir essa criança com habilidades especiais nessa inclusão educativa”, ressaltou a diretora pedagógica do CMEI Professora Fernanda Jalles, Cléia Alves da Silva Leite.