O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) realizou neste mês de junho pesquisa de preço do milho verde como faz todo ano para orientar os consumidores natalenses nesta época de festa junina, de grande tradição e cultura popular na cidade. A pesquisa encontrou um preço médio da espiga do milho verde sendo vendido no comércio de Natal para esse ano de R$ 1,08, quando considerados todos os locais pesquisados. 


Na primeira semana a pesquisa encontrou um preço médio de R$1,14 e na segunda semana o preço médio foi de R$ 1,02, isso representa uma variação (-11,62%), mas em comparação com o ano de 2021 a variação é positiva de 33,2% uma vez que a espiga de milho no ano passado a pesquisa encontrou um preço médio de R$ 0,72 centavos.


O levantamento de preços foi realizado pelo núcleo de pesquisa do Procon Natal, tendo a equipe de pesquisadores percorrido, em duas semanas, períodos de 06 a 09 e 13 a 16 mês de junho. Foram visitados as feiras do Carrasco na zona oeste, Panorama e Igapó na zona norte, pontos tradicionais de venda desse produto nessa época do ano como: o Mercado de Agricultura Familiar, Canteiros da Avenida das alagoas em Neópolis na zona sul e nos canteiros da zona norte na Avenida Pico do Cabugi em Soledade II e na Avenida Ilhéus no bairro de Santa Catarina, além de 08 hipermercados e supermercados, 11 Supermercados de bairros e seis Atacarejos, todos estes estabelecimentos os quais o órgão acompanha semanalmente o custo da cesta básica. 


Nesses estabelecimentos foram encontrados apenas o produto in natura em embalagem com cinco unidades, com média de preço de R$ 7,81 na primeira semana e R$ 7,67 na segunda semana de pesquisa, variação negativa de 1,82%. Comparando a média das duas semanas desse ano que foi de R$ 7,74, com a média das duas semanas do ano passado de R$ 7,11 a variação é positiva de 8,10%. A pesquisa encontrou em dois estabelecimentos desse produto sendo vendido na palha, é o caso do supermercado Mercado da Casa no centro da cidade com um preço de R$ 1,00 e apenas na segunda semana e o hipermercado Extra no Midway Mall com preço de R$ 2,19 nas duas semanas.


Análise dos Preços
Nas feiras livres o preço médio é de R$ 0,68 centavos, no entanto em 87,5% do total de feirantes das feiras pesquisadas estavam vendendo a espiga ao preço mais comum de R$ 0,70 centavos. Já nos pontos de venda o preço médio foi de R$ 0,72 centavos, e em 50% dos comerciantes dos pontos de vendas pesquisados estavam vendendo a espiga a um preço de R$ 0,80 centavos. Na segunda semana de pesquisa o preço médio foi de R$ 1,02, mas, foram identificados uma maior oferta de produtos à venda, quase dobrando o número de feirantes e comerciantes, nas feiras era oito na primeira semana e passou para quinze na segunda, nos pontos de venda eram sete passou para catorze, sendo assim a pesquisa encontrou na segunda semana 46,5% das feiras pesquisadas e 40% dos pontos de venda com preço de R$ 0,70 centavos.


Então, o que explica a variação negativa de (-11,62%) no preço da espiga do milho de uma semana para outra foi o aumento na oferta desse produto para o consumidor, onde nas feiras o preço permaneceu de R$ 0,70 centavos nas duas semanas e nos pontos de venda foram encontrados preço de R$ 0,80 centavos na primeira semana e de R$ 0,70 centavos na segunda.


O consumidor deve estar atento pois também foi identificada grande variação de preços nas feiras pesquisadas onde foram encontrados na primeira semana o maior preço de R$ 0,75 centavos e o menor preço de R$ 0,70 centavos, já na segunda semana o maior preço encontrado foi de R$ 0,80 centavos e o menor preço R$ 0,40 centavos. Já em relação aos pontos de vendas na primeira semana a pesquisa encontrou o maior preço de R$ 0,90 centavos e o menor preço de R$ 0,50 centavos, na segunda semana a pesquisa encontrou os mesmos preços da primeira. Os maiores preços dos pontos de venda foram encontrados pela pesquisa na avenida das Alagoas e já os melhores preços no Mercado da Agricultara Familiar. E já nas feiras livres o consumidor encontra preços diversos, na primeira semana os preços bem próximos a R$ 0,70 centavos, no entanto na segunda semana devido ao grande número de comerciantes os preços são mais diversificados e uma média de R$ 0,65 centavos. Mais um motivo para o consumidor pesquisar para este produto.


Os preços médios encontrados esse ano para o cento e mão foi de R$ 70,00 e R$ 35,00 respectivamente, tanto nas feiras como nos pontos de vendas. No ano passado os preços médios eram de R$ 55,00 para o cento e de R$ 27,00 para a mão com 50 espigas, ou seja, um custo a mais para o consumidor esse ano de R$ 15,00 para o cento e de R$ 7,00.


Nos estabelecimentos, a bandeja com cinco unidades teve o menor preço encontrado de R$ 5,29 da (casa do milho) no Assai da zona sul, e o maior preço de R$ 11,49 do (Hortifrios) encontrado no Maxxi Atacado. Na segunda semana os preços se mantiveram iguais, no mesmo estabelecimento, e isso demonstra o quanto é importante ao consumidor pesquisar a diferença entre o maior e menor preço é de R$ 6,20.


Os estabelecimentos comerciais mantiveram o comportamento de sempre, com os maiores preços, independente de ser ano de grande oferta ou não, de milho para comercialização. As feiras livre e os pontos de vendas estão sempre competindo entre si, com os melhores preços e oferta dos produtos oferecidos aos consumidores da cidade do Natal, e para ano de 2022, o consumidor deve encontrar uma grande variedade de preço do milho, uma vez que a pesquisa chegou a encontrar a espiga com o maior preço de R$ 0,90 nos pontos de venda e o menor preço de R$ 0,40 nas feiras livres, mas isto também se deve à qualidade da espiga que o comerciante disponibiliza para o consumidor. No entanto, a pesquisa encontrou preço e qualidade sendo oferecido no Mercado da Agricultura Familiar, assim como na estrutura montada na feira do Carrasco, delimitado à venda do milho.


Para esse ano as chuvas abundantes nas regiões produtoras do estado representaram um aumento na produção de milho verde, o que se reflete nos preços pesquisados por esse órgão, é um momento de fartura na colheita e uma maior disponibilidade nessa época do ano. Segundo as informações repassadas pelos comerciantes aos pesquisadores, grande parte da produção de milho verde comercializada em Natal neste ano é proveniente das regiões oeste e seridó do estado como: (Touros, Jadaíra, Assú e Vera Cruz), e apenas um comerciante foi encontrado esse produto de origem da Paraíba.


O Procon Natal orienta que o consumidor deve ficar atento, pois os preços estão semelhantes, mas, mesmo assim, se encontra preços diferenciados de um vendedor para o outro, assim como entre os locais de venda quais sejam as feiras livres e os pontos de venda. Também orienta ficar atento à negociação dos vendedores uma vez que muitos deles têm a prática de negociar seu produto dependendo da qualidade e quantidade, isso ficou bem nítido nos números da pesquisa, uma vez que dois feirantes da zona norte vendendo a espiga de milha ao preço de R$ 0,70, a mão de R$ 35,00, mas no cento o preço fica a R$ 65,00, um desconto para o consumidor de R$ 5,00. Outra orientação é que o consumidor que puder antecipar a compra deve preferir essa opção pois, quanto mais perto do São João, maior é a procura pelo milho, e o ideal é que o consumidor não deixe para comprar na véspera. A pesquisa na íntegra está disponível no site, www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa à disposição dos consumidores da cidade do Natal.