O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, realizou pesquisa da cesta básica, e conforme foi identificado pelo órgão a cesta básica de dezembro, assim como os demais meses pesquisados no ano, alta no preço médio do produto com percentual acumulado de 15,78%. Em dezembro o preço médio da cesta básica foi de R$ 374,91 e no mês de novembro o preço médio encontrado pela pesquisa foi de R$ 367,97, representando um custo em Reais, de um mês para o outro, de R$ 6,94 e uma variação de 1,88% de aumento no mês.

A pesquisa foi realizada nas quatro semanas do mês, em 23 estabelecimentos comerciais, sendo três segmentos comerciais, atacarejos, supermercados de bairros e grandes redes de hipermercados da cidade, e constatou durante todo o ano, os atacarejos como sendo a melhor opção de compra da cesta básica em comparação aos supermercados de bairros e as grandes redes de hipermercados. Para esse mês de dezembro o custo dos produtos que compõem a cesta básica nos atacarejos foi de R$ 349,00, nos supermercados de bairro o custo foi de R$ 371,57 e nas grandes redes de hipermercados a pesquisa encontrou um custo de R$ 404,17, sendo assim, os atacarejos seguem sendo a melhor opção para os consumidores natalenses.

O Núcleo de pesquisa fez a comparação do custo em Reais da cesta básica, assim como a diferença e a variação entre os segmentos de comércios de venda da cesta básica. Então o custo em média nos atacarejos em relação ao supermercado de bairro, o consumidor tem uma economia de R$ 22,57, e isso representa uma variação de 6,46%. Já na comparação dos atacarejos com os hipermercados no mês de dezembro a variação é de 15,80%, uma economia em reais de R$ 50,17.

O Núcleo de pesquisa realizou nas quatro semanas do mês, junto a nove hipermercados, seis atacarejos, como também oito supermercados de bairro denominados de mercadinhos, contemplando as quatro zonas de Natal, e divulga em seu site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa a cesta básica para os natalenses com informações de endereço da mais barata, variação de um mês para o outro e os preços médios das categorias pesquisadas: mercearia, açougue, higiene/limpeza e hortifrúti, que com compõe os quarenta produtos pesquisados. Em posse desses dados o consumidor natalense pode buscar vantagem no melhor preço para comprar. É permitida a publicação dos dados da pesquisa, desde que seja citada a fonte: Núcleo de pesquisa Procon Natal. No entanto, é vedada a utilização deste material, integral ou parcial, para fins publicitários.

No mês de dezembro assim como todos os meses do ano o poder de compra do trabalhador com o salário-mínimo para suprir as necessidades alimentares básicas de uma família de 4 pessoas durante um mês, vem diminuindo e nesse mês a cesta básica tem um custo para o trabalhador de 39,82% e isso representa 78,93 horas de trabalho no mês. A análise é feita pelo Núcleo de pesquisa, levando em conta a cesta básica dos natalenses em 40 itens da cesta básica divididos por categorias.

A previsão do governo para 2021 não foi alcançada, uma vez que a meta para o ano era de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional e foi superada em dois dígitos, segundo o índice de preço ao consumidor o IPCA, que registrou uma inflação acumulada de 10,74% no ano de 2021. Fatores como uma volta inflacionária, não estão descartados uma vez que, aluguel, gasolina e alimentos foram determinantes no momento econômico que o país passa. Então a alta dos preços se reflete no comprometimento da renda dos trabalhadores.

O preço médio da cesta básica no ano de 2021 foi de R$ 348,77, no primeiro semestre o Núcleo de pesquisa identificou o preço médio de R$ 332,69 e no segundo semestre o preço médio foi de R$ 364,85, e isso representa uma variação de 8,81% e isso equivale a um aumento em média de R$ 32,16 entre os primeiro e o segundo semestre.

Análise dos preços

A cesta básica no mês de dezembro teve variação positiva em relação ao mês de novembro de 1,44% dos (40) quarenta itens pesquisados, as maiores variações foram: Na categoria de mercearia, o sal refinado com 4,45%, a farinha de mandioca com 5,15%, o café com 5,58% e a margarina com 5,51%. Outra categoria que teve produtos em destaque com variação alta foi hortifrúti, a cebola com 22,47%, o cheiro verde com 9,09%, a cebolinha com 9,31%, o repolho com 13,91% e o chuchu com 26,04%.

A pesquisa identificou alguns itens pesquisados que tiveram aumentos nos três segmentos, é o caso do sal refinado que teve variação de 2,89% nos hipermercados, 1,30% nos supermercados de bairros e 9,08% nos atacarejos. Esse fato também foi encontrado na categoria de hortifrúti, onde a cebola teve variação de 25,61% nos hipermercados, 17,72% nos supermercados de bairros e 23,66% nos atacarejos. Sendo assim, essa ocorrência mostra que mesmo os preços desses itens terem aumentado de um mês para o outro nos três estabelecimentos, a cesta básica dos atacarejos teve a menor variação dentre os demais, sendo a melhor opção de economia para o consumidor.

Por seguimento a variação dos hipermercados foi de 2,47%, onde em novembro o custo da cesta básica era de R$ 394,48 e em dezembro passou para R$ 404,17, nos supermercados de bairro a variação foi de 1,50%, onde o custo no mês passado foi de R$ 365,99 para R$ 371,57 em dezembro e nos atacarejos a variação foi de 0,18% a menor no mês com durante todo o ano com R$ 349, e em novembro o custo encontrado foi de R$ 348,38, sendo este mais uma vez o estabelecimento de menor variação e durante o ano foi observado o mesmo comportamento.

No ano de 2021 alguns itens da cesta básica dentre eles o açúcar triturado e o café torrado, produtos pesquisados que compõe a cesta básica e são comercializados como commodities, tiveram custo no preço da cesta básica e afetou o bolso do consumidor, uma vez que em janeiro os pesquisadores encontraram esses produtos ao preço de R$ 3,00 e R$ 4,89 respectivamente. Já no final do ano, em dezembro, esses mesmos produtos foram encontrados pelos pesquisadores ao preço de R$ 3,98 e R$ 7,26. Isso equivale a uma variação no ano de 38,65% para o açúcar triturado e de 45,17% para o café torrado.

O preço médio da cesta básica por segmento, analisando no mês de dezembro, onde a média do ano da cesta básica é de R$ 374,91, deixando assim os atacarejos abaixo da média pesquisada. De todos os 3 (três) segmentos pesquisados por semana no mês, e nas quatro semanas os atacarejos tiveram o menor preço em relação aos outros seguimentos, hipermercados e supermercados de bairro, em média a cesta básica dos atacarejos teve seu menor preço na terceira semana de R$ 336,27, onde confirma a melhor semana para compras do mês, ou seja, mais ou menos sete dias antes do final do mês.

O preço médio da cesta básica do ano de 2021, nos cinco primeiros meses, ou seja, de janeiro a maio o preço médio da cesta básica ficou abaixo da média, em destaque janeiro e abril que tiveram os dois menores custos do ano para os consumidores com o preço médio de R$ 309,44 e R$ 322,62 respectivamente.

Conclusão

Após avaliar os dados dos preços dos produtos da cesta básica no ano de 2021, o Procon Natal observou que mais uma vez, para a maioria dos produtos, há grandes diferenças entre os preços praticados pelos diferentes estabelecimentos. Como forma de se nortear na hora de comprar, o consumidor pode usar o valor do preço médio encontrado pela pesquisa como referência, para decidir se o local em que ele deseja realizar suas compras do mês que oferece preços acessíveis, uma vez que não é possível aos consumidores, frequentar todos os estabelecimentos em busca do menor preço.

O Procon Natal informa ainda que o objetivo da pesquisa é orientar o público onde procurar esses produtos da cesta básica com os menores preços, e que a planilha está disponível no endereço eletrônico www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa, acessível aos consumidores para consulta na íntegra aos dados obtidos na pesquisa. Alerta também para que os consumidores fiquem atentos aos preços praticados nos estabelecimentos uma vez que estes produtos têm seus preços conforme o porte do estabelecimento e a variedade desses produtos disponíveis aos consumidores.

Com a economia em alta e o custo da cesta básica aumentando, uma vez que o acumulado da cesta básica no ano foi de 15,78%. O Núcleo de pesquisa também orienta aos consumidores natalenses que pesquise antes de sair para as compras, os dados analisados pelo Núcleo de pesquisa apresentam preços que variam durante determinadas semanas do mês assim como diferentes dias determinados da semana, ou seja, estratégias promocionais dos comércios para atraírem clientes, por isso é importante a pesquisa.