“Fumei por aproximadamente 10 anos, mas chegou um momento da minha vida em que, para que eu tivesse crescimento na carreira ou fosse mais aceito socialmente, eu precisaria largar o vício. Tentei parar de fumar de várias maneiras, mas consegui apenas no momento em que me envolvi com a música.” O depoimento foi feito por Hugo Geraldo, um dos participantes participante do grupo terapêutico do Ambulatório de Prevenção e Tratamento do Tabagismo, Alcoolismo e outras Drogadições (APTAD), durante evento para marcar o Dia Mundial Sem Tabaco.
“Foi a partir daí que eu comecei a sentir aversão por esse vício, e não falo isso de forma discriminatória, passei a ter aversão pelo cigarro porque ele me impossibilitava de certas coisas que eu queria fazer, inclusive cantar, então me agarrei na música e na espiritualidade para largar esse vício. “Agradeço ao APTAD pela oportunidade de falar um pouco sobre algo que possa edificar na vida daqueles que estão ouvindo,” acrescentou Hugo Geraldo.
O Dia Mundial Sem Tabaco foi comemorado no Dia 31 de Maio e o APTAD, referência na luta antitabagista do Rio grande do Norte, realizou um evento com o intuito de dar voz aqueles que estão na luta antitabagista e aqueles os quais já superaram esse obstáculo.
Depois de uma sessão de musicoterapia e palmas como pano de fundo musical, promovida pelo profissional de saúde conhecido como Dr. Feijão que atua voluntariamente na instituição, toda atenção voltou-se para aqueles que se voluntariavam em expor seus depoimentos, que expressavam além da necessidade de apegar-se a algo como terapia, a importância do trabalho realizado pela pelo APTAD de promoção à saúde deixando o vício para trás.
Mostrando alegria em sua expressão a senhora Cibele Rodrigues afirmou “há muito tempo eu consegui entrar no grupo e estou até hoje, daqui ninguém me tira. Continuo vindo aqui toda quinta-feira de quinze em quinze dias, afinal aqui eu criei vínculos de amizades, e até de família. A equipe e os participantes do grupo demonstravam um carisma tão grande que eu consegui largar o vício rapidamente. É algo que realmente nos ajuda.”
Após expor alguns dos malefícios trazidos pela doença crônica do tabagismo como, cansaço físico, alto custo monetário para manter o vício, exclusão social, deterioramento estético e até mesmo a poluição, os participantes destacaram a importância do apoio moral, seja ele vindo por parte da família, dos amigos ou até mesmo do grupo terapêutico.
Segundo o código Internacional de Doenças, o tabagismo é considerado uma doença da seara mental, sendo assim, não cabe à população pressionar aqueles que fazem uso do cigarro, mas sim direcioná-los ao tratamento adequado.
Ambulatório de Prevenção e Tratamento do Tabagismo, Alcoolismo e outras Drogadições (APTAD), fica localizado no bairro de Pirangi, no Distrito Sanitário Sul