As Hortas Comunitárias ganharam mais visibilidade graças a uma nova ação que deverá promover o projeto e estimular a comercialização e consumo de alimentos orgânicos e saudáveis. Os frutos da parceria entre a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater) poderão ser conferidos de perto todas as sextas-feiras na sede da Semtas, das 8h às 12h, no quiosque das Hortas Comunitárias.
 
Um horticultor da Horta CRAS acompanhado de uma nutricionista comercializam os alimentos orgânicos oriundos das Hortas Comunitárias, tiram dúvidas e esclarecem sobre a importância do não uso de agrotóxicos, tanto para o meio ambiente quanto para quem consome o alimento, e os valores nutricionais dos produtos oferecidos.
 
Segundo a coordenadora do Departamento de Segurança Alimentar da Semtas, Madalena Faustino, a idéia principal da ação é estimular a economia solidária. “Quem trabalha nas Hortas Comunitárias são famílias muito carentes, ex-catadores de lixo. Esse projeto oferece a elas a oportunidade de se transformarem em cidadãos independentes, produzir para o próprio consumo e comercializar o excedente. Quem quiser consumir alimentos de qualidade, naturais e orgânicos, poderá encontrá-los aqui toda sexta-feira”, enfatiza a coordenadora.
 
Em Natal, existem quatro Hortas Comunitárias, todas localizadas no Guarapes. Elas produzem alimentos de forma comunitária, levando em conta o desenvolvimento sustentável e a economia solidária. A Semtas entra com o fornecimento de adubo e apoio as famílias, e a Emater com sementes e assistência técnica.
 
Nas hortas são utilizadas tecnologias agrárias, sendo o emprego de agrotóxicos descartado. Os alimentos produzidos são então destinados para o consumo das próprias famílias, parte deles servindo também para abastecer as Cozinhas Solidárias e demais programas da Secretaria. O excedente da produção também é comercializado, ação que contribui para a inclusão social dos beneficiados, aumento da renda familiar e melhoria na qualidade nutricional da alimentação. O grupo de horticultores é formado por 42 famílias que trabalhavam como catadores de lixo, assistidos por programas socioassistenciais da Semtas.