Os técnicos da secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) que integram Grupo Interinstitucional de Áreas Contaminadas (Giacon) participaram no início desta semana, nos dias 4 e 5 de novembro,  do II Seminário Sul - Brasileiro de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, em Porto Alegre (RS).  O evento foi realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RS) e reuniu especialistas no assunto.

O Giacon foi instituído oficialmente em Diário Oficial no dia 17 de julho e segue uma determinação da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da resolução 420/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que prevê a adoção de medidas que assegurem o conhecimento e as características das áreas contaminadas e os impactos por elas causados, proporcionando os instrumentos necessários para as intervenções adequadas.

Participaram do seminário a coordenadora-geral do Giacon, Flávia Janiny Oliveira, o sub-coordenador, Carlos Silva e ecóloga da Semurb, Jamilla Pereira .  Dentre os assuntos debatidos durante o evento estavam as tendências atuais e tecnologias para avaliação ambiental de áreas contaminadas, da remedição desses locais e também os cases de sucesso em ações já realizadas para despoluição.

Segundo Carlos Silva, o seminário foi de grande valia para os trabalhos que já estão sendo desenvolvidos pelo grupo em Natal. “Com esse evento pudemos enxergar em que estágio nós estamos em relação a outras experiências em gerenciamento de áreas contaminadas. Nossa avaliação foi de que Natal é uma das capitais que está à frente nesse processo. Em nível de Brasil apenas São Paulo e Minas Gerais já estão com a prática consolidada.”, conta.

Carlos Silva conta também que o Giacon passa por uma fase de estruturação e que o banco de dados com o cadastro das áreas potencialmente poluidoras na cidade está sendo elaborado. “Atualmente já temos o levantamento com 200 áreas entre cemitérios, lixões, postos de gasolina, dedetizadoras, lava-jatos e oficinas mecânicas com atividades que trazem algum risco para o solo”, diz.

Ele revela que pelo menos 19 áreas já foram identificadas como efetivamente contaminadas e que algumas delas já estão em processo de remediação, que é feita pelo responsável pela  atividade poluidora e fiscalizada pelo Giacon. “Nos acompanhamos essas área, fazemos as vistorias e monitoramos a remedição para que a área seja despoluída”,  acrescenta Silva.