Dentro da programação da XIV Mostra de Arte, Ciência, Cultura e Conhecimento (Marco) da Secretaria Municipal de Educação de Natal (SME), vários espaços no pavilhão são dedicados às exposições em estandes. São 28 escolas municipais de Ensino Fundamental e nove CMEIs tendo a oportunidade de mostrar suas produções científicas e culturais, resultantes do cotidiano escolar, durante todo o ano. A feira que se encerra na noite desta sexta-feira (25), simultaneamente à XIX Cientec, está envolvendo por dia, cerca de 1.400 alunos da rede municipal, além dos visitantes de toda a cidade.
Um stand que tem despertado grande interesse do público é o da Escola Municipal Francisco de Assis Varela Cavalcante, com o projeto “Viúva Machado, a lenda na construção da nossa história”. De acordo com a vice-gestora, Milena Fabrinni, a lenda trouxe contribuição para a história do Rio Grande do Norte e principalmente muita influência para os moradoras do Guarapes, bairro no qual a escola está inserida. “O objetivo é fazer os alunos se dedicarem a conhecer mais sobre a história do bairro e desmistificar a imagem de desvalorização criada pela população, desde os tempos de Amélia Duarte Machado”, afirmou.
Na feira, a escola montou o stand representando o casarão de Amélia Machado e seu esposo, que foi construído em 1847, no alto de uma colina as margens do rio Jundiaí e representou muito para a economia do RN. As estudantes Jaqueline Bezerra (16 anos), Sara Laíz (15 anos) e Beatriz Oliveira (14 anos) estavam caracterizadas de Viúva Machado, chamando a atenção dos visitantes. Jaqueline conta que “a lenda urbana ficou conhecida e fez alusão ao antigo mito “Papa Figo” onde a Viúva Machado comia o fígado humano de crianças para se curar de uma doença”. E afirma, “foi muito legal o trabalho que fizemos na escola. Como também quando conhecemos o casarão e encenamos uma peça sobre a lenda”.
A vice-gestora, Milena Fabrinni, explica que o projeto envolve as disciplinas de artes, língua portuguesa, geografia e história. “Trabalhamos a escrita, a linguagem oral, aumentamos o repertório de lendas conhecidas, fizemos o resgate da história, visitas as ruínas do casarão da Viúva Machado, peças teatrais, pesquisas bibliográficas, entrevistas com antigos moradores, e conversa com os pais, avós ou conhecidos mais velhos sobre a lenda do repertório popular do Guarapes”, detalhou a vice-gestora.