A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) recebeu na manhã desta sexta-feira, 2 de outubro, representantes do Circo Grock e da comunidade do bairro de Candelária, com o objetivo de buscar a legalização das atividades desenvolvidas pelo circo. Atualmente, a estrutura encontra-se em uma área verde pública e a legislação não permite a utilização de espaços como esse para desenvolvimento de atividades do porte do circo.

 

Na reunião, o secretário municipal de Serviços Urbanos, João Bastos, solicitou que os representantes do circo protocolem até o fim do dia um pedido de licença provisória até o dia 30 de outubro e garantiu a concessão dessa prerrogativa. “Em momento nenhum a Prefeitura questionou a importância e o trabalho realizado pelo Circo Grock, que merece todos os elogios e o reconhecimento da sociedade. Mas precisamos caminhar na legalidade, até como forma de assegurar a continuidade dos projetos desenvolvidos, a distribuição legal dos espaços públicos e os direitos dos cidadãos”, complementou.

 

Enquanto o prazo corre, o secretário João Bastos reforçou ainda que os representantes do circo estudem junto ao corpo técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) a definição de uma área que seja destinada a equipamento público para a instalação e legalização do circo. A proposta é garantir um local para dar continuidade às atividades também desempenhadas pela escola de circo que funciona na estrutura. Outro compromisso foi de que seja também estudada a possibilidade de concessão de uma licença de maior prazo por meio da Semurb, em comum acordo com o Conselho Comunitário de Candelária.

 

Para o presidente da ONG Escola Potiguar das Artes do Circo (Circo Grock), Nil Moura, a decisão da Semsur de estender o prazo possibilitará a continuação da programação que já estava prevista para esse mês de outubro e o encerramento das aulas de uma das turmas da escola de circo. “Temos uma programação já fechada para a semana da criança. Nós também queremos atuar na legalidade e essa concessão de maior de prazo vai nos permitir buscar essa formalização para que nosso trabalho possa continuar”, ressaltou.

 

A reunião contou também com a participação do presidente da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), César Revorêdo, além do ouvidor do Município, João Paulo Galvão, e de representantes das secretarias municipais de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e de Defesa Social e Direitos do Cidadão (Semdes).

 

Além da extensão do prazo e da busca de uma nova área, também ficou definido que a Funcarte celebrará um convênio de cooperação técnica para que o projeto da escola de circo seja apoiada pela Prefeitura. Enquanto isso, o compromisso da equipe do Circo Grock é de manter a área bem conservada e limpa.