A Casa de Passagem III, coordenada pela Prefeitura do Natal, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), realizará pela primeira vez uma exposição de trabalhos artísticos em giz de cera, lápis de cor e colagens, desenvolvidos por jovens do abrigo. As obras poderão ser conferidas de perto pelos visitantes nos dias 25, das 16h às 22h, e 26 de setembro, das 8h às 22h, durante o II Seminário de Realidades Juvenis do Colégio Marista.

Os trabalhos a serem expostos são o resultado do acompanhamento que o artista plástico, arte educador e curador da exposição, Manoel Barros, vem realizando com os jovens abrigados desde março desse ano. Manoel é recifense, e atua como artista plástico há 20 anos, teve trabalhos expostos na Europa e está envolvido em projetos sociais desde 2006. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, coordenou um projeto de arte contemporânea e grafite em escolas, tendo também atuado no Programa Projovem da SEMTAS como orientador de dois participantes em um concurso internacional de cartaz publicitário.

“É importante abrir espaço para a arte na vida dos jovens. Expressar-se através da arte é extremamente positivo, principalmente para os que tem menos oportunidades”, ressalta a coordenadora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE), Verônica Dantas.

Para o grande público, foi planejada uma grande exposição, a ser realizada no dia 13 de outubro, no Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, no Largo da Ribeira. Lá, os trabalhos ficarão expostos durante todo o mês. Além disso, algumas das pinturas deverão estampar cartões postais que serão colocados à venda na ocasião. A idéia é reverter o dinheiro arrecadado de maneira a beneficiar os jovens expositores e estimular o gosto pela arte.

As Casas de Passagem constituem-se em um serviço de alta complexidade, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e que tem como objetivo oferecer acolhimento de caráter emergencial e provisório. Em Natal, há três delas. Atendem crianças e adolescentes de 0 a 17 anos incompletos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, vítimas de maus-tratos e cujos direitos tenham sido violados.