Em homenagem ao Dia Internacional do Graffiti, Funcarte organiza exposição inédita reunindo artistas na galeria Newton Navarro

Na quarta-feira, dia 27 de março, diversas cidades brasileiras estarão comemorando o Dia Internacional do Graffiti. A Prefeitura do Natal, por intermédio da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), estará abrindo neste dia a “1º Graffiti Expo Natal”, reunindo pela primeira vez dezenas de grafiteiros natalenses e suas obras numa exposição nos salões da Funcarte. A abertura acontece às 19h30 e a exposição ficará na galeria Newton Navarro até o dia 12 de abril.

A data foi escolhida após a morte do lendário grafiteiro italiano Alex Vallauri em 1987 e considerado o pai desta arte no Brasil. Vallauri morreu em 26 de março de 1987 e foi homenageado no dia 27 pelos seus amigos que fecharam e grafitaram o túnel da Avenida Paulista.

A exposição em Natal reunirá os principais nomes potiguares desta arte. São graffitis gravados em telas, madeiras e camisetas. Nomes como Andruchak, Bia Rocha, Bruno Otávio, Doce e Bruno Haddes estarão expondo seus trabalhos ao público. Todos os participantes da exposição receberão um Certificado da Fundação Cultural Capitania das Artes.

O evento “1º Graffiti Expo Natal” é uma parceria da Funcarte com o produtor cultural Marcelo Veni.

Sobre o pai do graffiti no Brasil
Alex Vallauri (Asmara / Etiópia, 1949 – São Paulo, 26 de março de 1987), grafiteiro, artista gráfico, pintor, desenhista, cenógrafo e gravador. Mesmo tendo nascido no continente africano tem nacionalidade italiana.

Veio para o Brasil (cidade de Santos) onde treinou a técnica da gravura retratando as pessoas no porto de Santos – e mais tarde para a capital paulista - com a família no ano de 1965. Formado em Comunicação Visual pela Fundação Armando Álvares Penteado, se especializou em Artes Gráficas no Litho Art Center na Suécia. Estudou desenho no Billy Accioli na Inglaterra e freqüentou o Pratt Institute nos Estados Unidos (estudando Artes Gráficas e fazendo grafites nos muros da cidade).

De volta ao Brasil, deu continuidade aos grafites em espaços públicos, desta vez nos muros de São Paulo. Ao mesmo tempo estudou novas maneiras de aplicações de gravura, como a xerografia. Pioneiro na arte do grafite no Brasil, Alex usou outros suportes além dos muros urbanos; estampou camisetas, bottons e adesivos. Para ele, o grafite é a forma de comunicação que mais se aproxima do seu ideário de arte para todos.