Desde a implantação do Plano Real (1º/07/1994) – que no início desta semana completou 18 anos – a cesta básica pesquisada pelo Procon Natal nos supermercados e hipermercados da capital, registra variação acumulada de 297,2%, ou seja, abaixo da inflação oficial medida pelo IBGE (INPC) que atingiu 317,5% no mesmo período.
Se na época da implantação do Plano Real (julho/1994) o consumidor-trabalhador comprava 64% da cesta básica com um (01) salário mínimo, hoje – dezoito anos depois – o poder aquisitivo do mesmo consumidor-trabalhador melhorou de tal forma que ele pode adquirir a cesta básica e ainda lhe sobra cerca 35% do salário mínimo (ver tabela abaixo).


Data                            Custo da Cesta básica (R$)                      Valor do salário mínimo (R$)
1º/julho/1994                                    101,08                                                         64,79
1º/julho/2012                                    401,50                                                       622,00

Outros indicadores também apresentam variações maiores do que a variação da cesta básica pesquisada pelo Procon Natal, como: IGP-M/FGV (429,4%), preço do etanol (486,3%), do diesel (415,9%), da gasolina (473,7%), valor do salário mínimo (860,0%). A única exceção é a do dólar comercial, que nos últimos dezoito anos, registra variação de 102%.

JERIMUM LEITE FOI O PRODUTO QUE MAIS SUBIU: 2.146%
FEIJÃO LIDERA AUMENTOS ENTRE OS INDUSTRIALIZADOS

Os hortifrútis foram os itens que mais subiram nesses 18 anos (+412%), seguidos pelos produtos industrializados e semielaborados (+341%) e pelos produtos de higiene e limpeza (+157%).

Tomando-se os maiores aumentos por grupo de produtos, a pesquisa do Procon Natal constata que entre os hortifrútis alguns itens registraram variação acima dos 1.000%, como é o caso do jerimum leite, que subiu 2.146%, batata doce (+1.176%), além de outros com índices consideráveis: macaxeira (subiu 686%), tomate (+636%), repolho branco (+456%), chuchu (+440%) e laranja pera (+392%).

Dentre os produtos industrializados e semielaborados, os itens que mais subiram no período foram: feijão carioquinha tipo 1 (subiu 483%: em 1994 o quilo do feijão custava R$ 0,89 e hoje custa, em média, R$ 5,19, podendo atingir R$ 6,25 em alguns estabelecimentos), farinha de mandioca (+470%), carne bovina de 1ª (+467%), pão francês (+306%), carne bovina de 2ª (+288%), queijo de coalho (+274%) e carne de sol de 1ª (+269%).

Relacionando o custo da cesta básica pesquisada pelo Procon Natal com o valor do salário mínimo, constata-se que há dezoito anos (em julho de 1994), o trabalhador que recebia 01 salário mínimo, precisava trabalhar 374 horas e 22 minutos por mês para comprar a cesta básica, enquanto neste mês de julho de 2012 ele precisa trabalhar 154 horas e 54 minutos para comprar a mesma cesta básica.

Confira as vinte maiores variações dos itens da cesta básica pesquisados pelo Procon Natal nos 18 anos de Plano Real.