O Dr. Luís Alberto Marinho, médico infectologista juntamente com a responsável pela Vigilância Epidemiológica da Influenza no município e no estado, Estela Leal, apresentou aos servidores da rede de saúde as últimas mudanças do Ministério da Saúde no Protocolo de Manejo Clínico e procedimentos da Vigilância Epidemiológica.

O Rio Grande do Norte já apresenta oito casos de pessoas contaminadas pelo vírus Influenza A (H1N1). Das oito pessoas, quatro foram infectadas pelo vírus em apenas uma semana. “Não vamos mais tratar dos casos isolados. Essa nova gripe é muito parecida com a Influenza Sazonal, que é a gripe que todos nós já tivemos. Então devemos voltar a atenção para os pacientes em estados mais graves” explicou Luís Alberto.

Com a mudança determinada pelo Ministério da Saúde, as secretarias municipal e estadual de Saúde analisam os casos de forma diferenciada. Todos os pacientes que estejam com o vírus Influenza deverão tomar cuidado, porém somente os casos mais graves serão considerados suspeitos.

“Não há motivos para fazer alarme. É uma gripe como outra qualquer, porém a aquisição é mais fácil porque ainda não temos imunidade contra esse novo vírus e isso vai durar meses ou até anos para desenvolver essa resistência” explica o infectologista.

Pessoas menores de dois anos, maiores de 60 e que possuam algum tipo de doença crônica estão mais propensos a aquisição da gripe Influenza A. Os pacientes que se encaixam nesse quadro e apresentem febre acima de 39ºC, com tosse e dispnéia (desconforto respiratório), tendo viajado para fora do país ou não, é aconselhável procurar a unidade de saúde mais próxima. Caso sejam necessários os servidores encaminharão o paciente para o Hospital Giselda Trigueiro. Essa medida evita sobrecarregar os hospitais.

“Durante todo o tempo de enfrentamento os pacientes que estavam com a gripe evoluíram para a cura. Nosso foco será os pacientes que podem evoluir para uma complicação.” afirma Estela.

Transmissão sustentada

Segundo dados do Ministério da Saúde já existem 1.175 casos da gripe no Brasil. O médico infectologista arrisca que em duas ou três semanas já estaremos com uma transmissão sustentada. “Ainda não podemos considerar um vírus sustentado porque não está circulando abertamente entre as pessoas. Mas o vírus já está sendo transmitido sem precisar ter contato com alguém que esteve fora do país ou que está contaminada. É apenas uma questão de tempo” cita Luís Alberto.