“Era madrugada da terça e já começava a bater aquela saudade do Carnaval. Junto à vontade de brincar mais um dia, com um lençol servindo de estandarte, um ‘assalto’ na vizinhança por verduras e algumas bebidas. E estava pronta a festa para mais um dia”. Assim, lembrando carnavais antigos, a fundadora e presidente do Baiacu na Vara, Cristina Medeiros, relata como surgiu o bloco que anima a Redinha já na manhã da quarta-feira de Cinzas.

O nome veio de um peixe muito comum na praia – o baiacu. Foi só espetá-lo na vara, por sugestão do primo de Cristina, que nascia assim, há 22 anos, o Bloco Baiacu na Vara, como sua tradição de sair arrastando moradores e foliões pelas ruas da Redinha.
Segundo Cristina, o bloco que arrasta cerca de 10 mil foliões em seus desfiles, este ano com o título “Baiacu na Copa”, faz referência à Copa 2014 e também ao Bloco dos Cão, que sai na terça de carnaval pelas ruas do bairro.

O prefeito em exercício, Edivan Martins, prestigiou o Baiacu e brincou mais um dia. “É um bloco que não pertence só à Redinha, mas a Natal, e cresce a cada ano, mantendo a tradição da quarta-feira de cinzas. A Redinha este ano surpreendeu positivamente, consolidando-se como a melhor estrutura do carnaval de Natal, com a maior concentração de blocos, oferecendo boa oportunidade aos foliões que tiveram um carnaval tranquilo e alegre”, avaliou o prefeito.

Bloco dos garis

Quem também saiu na manhã de hoje pelas ruas da Redinha foi o Bloco dos Garis. Puxados por uma bandinha de frevo, o bloco reúne aqueles que ao longo do carnaval trabalharam para deixar a cidade limpa.

Criado em 2002, com apoio da Prefeitura do Natal, o bloco arrasta cerca de 600 foliões, segundo seu organizador, Francisco das Chagas, que trabalha na Urbana há 34 anos.