Combater a poluição é um desafio urgente e abrangente, que envolve a todos no planeta. Seja pelo comprometimento da qualidade do ar, da água e do solo, além de afetar nossa saúde e o equilíbrio dos ecossistemas. A secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realiza ações rotineiras para o combate e controle de diversos tipos de poluição e os impactos que cada um deles traz para o meio ambiente.
Em Natal, os principais casos de poluição que são atendidos pela secretaria são água servida em via pública, despejo irregular de resíduos sólidos e poluição sonora, “todos igualmente preocupantes para o bom funcionamento da cidade”, relata o supervisor geral da fiscalização ambiental da Semurb, Leonardo Almeida.
A poluição da água é originada pelo descarte inadequado de resíduos industriais, esgoto doméstico e produtos químicos nos corpos d'água. Essa contaminação prejudica a fauna aquática, afeta a qualidade da água potável e até afeta a saúde humana através do consumo de alimentos contaminados.
No solo, ela ocorre quando substâncias químicas prejudiciais, como agrotóxicos, lixo industrial e resíduos sólidos, penetram no solo. Essa contaminação diminui a fertilidade , prejudicando a produção de alimentos, e pode até afetar as reservas de água subterrânea, tornando-as impróprias para consumo humano.
Já a poluição do ar, por exemplo, é alimentada pela emissão de poluentes resultantes das atividades industriais e queima de combustíveis fósseis. A Semurb atua na fiscalização notificando e autuando estabelecimentos que dispõem de chaminés como padarias e restaurantes. Além dessa categoria, o trabalho também se estende a oficinas de pintura de veículos, que emitem resíduos no ar de maneira abusiva.
Um outro tipo de poluição frequentemente atendido pela secretaria é a sonora, que tem impactos significativos na qualidade de vida urbana. O ruído constante proveniente do tráfego e das atividades industriais contribui para problemas de saúde, bem como o gerado por eventos irregulares e o uso de paredões de som, que é proibido por lei no município, essa categoria de poluição pode gerar estresse crônico e distúrbios do sono.
“Os denunciados por esse tipo de poluição são notificados e multados com valores que chegam a R$ 9.820,04”, explica o supervisor.
Enquanto que a poluição visual não apenas compromete a estética das áreas urbanas, mas também afeta a qualidade de vida dos cidadãos, contribuindo para o estresse e a fadiga visual. A profusão de anúncios, cartazes, outdoors, wind flags e sinalizações comerciais competindo por nossa atenção cria um ambiente saturado de estímulos visuais, resultando em uma paisagem urbana caótica.
“Somente nos primeiros seis primeiros meses deste ano, a equipe de fiscalização ambiental da Semurb foi responsável pela remoção de mais de 900 publicidades irregulares, contribuindo para uma cidade mais limpa e agradável”, ressalta Almeida.
Em resumo, a diversidade de tipos de poluição, incluindo a do ar, da água, do solo, sonora e visual, cria uma complexa teia de impactos negativos que vão desde problemas de saúde até a degradação dos ecossistemas.
“Quando a gente se depara com um quadro de poluição, é determinado que seja feita uma medida de cautelar, geralmente uma interdição imediata da atividade e, em seguida, a adoção de providências para que aquele empreendedor, ou aquele evento, possa se adequar as medidas e volte a funcionar sem emitir poluição”, finaliza supervisor.
O secretário da pasta, Thiago Mesquita, reforça que a fiscalização da Semurb preza por um ambiente mais limpo e saudável e trabalha cotidianamente para reduzir, e eventualmente eliminar, os fatores que contribuem para a poluição em todas as suas formas. “Todavia, é necessário que a população civil, possa, de maneira conjunta, compreender e buscar meios de evitar a emissão desses poluentes, que tanto mal causam ao meio ambiente”, finaliza.
Os canais de denúncia para população são a Ouvidoria da Semurb no (84) 3616-9829 de segunda a sexta, das 8h às 14h. Ou ainda no 190 do Ciosp, nos fins de semana e feriados para casos de poluição sonora.