Referência no atendimento e comodidade em Natal, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Caps-i), junto à secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferta vários serviços para o público jovem que sofre com transtornos mentais.

 

 

Diferentemente dos métodos convencionais como os internatos, o Caps-i, juntamente com uma equipe especializada, tem como principal objetivo promover tratamentos de saúde, acompanhamentos em oficinas e sobretudo desenvolver jovens para o processo de integração social. 

 

 

Dessa forma, a diretora do Centro, Jacira Pereira Soares, conta como é feito o encaminhamento dos jovens e ressalta a importância dos serviços ofertados. “Como o único Caps-i infantojuvenil do município, atendemos toda a capital. A demanda chega aqui de forma espontânea e encaminhada de várias áreas, como da educação, saúde, justiça e também do Conselho Tutelar. Daí é acolhido, e a gente faz o procedimento da triagem com a criança e o responsável na busca de tratar o transtorno mental que seja grave e persistente. Lembrando que é de caso a caso, pois o projeto terapêutico é muito singular. Além disso, a gente atende também os adolescentes com casos de alcoolismo e outras drogas”, explicou.  

 

Atualmente, vários profissionais de diversas áreas trabalham de forma interdisciplinar no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil. Chamado de equipe multiprofissional, ao todo são 23 técnicos que participam dos atendimentos. “Temos uma equipe multiprofissional, ou seja, é composta por diversos profissionais da saúde e também de outras áreas de atuação. Com destaque para a equipe técnica, como os enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, médicos, assistentes sociais, educadores físicos, fonoaudiólogos e entre outros”, destaca Jacira.  

 

 

As crianças e adolescentes que precisam de acompanhamento do Caps infantil possuem vários tipos de transtornos. Assim, uma questão que chama atenção são os números elevados de jovens com autismo. Diante disso, Jacira Pereira notabiliza a relevância das oficinas, que têm como intuito a interação e o trabalho mental. “Com o objetivo terapêutico, temos várias oficinas. Por exemplo, aqui temos 1.050 jovens de diferentes idades, sendo 140 crianças autistas que usam a brinquedoteca como o principal meio de interagir. Ou seja, por causa desse distúrbio (autismo), elas têm dificuldades na interação com o outro, com isso fazemos o acompanhamento com a fonoaudióloga na tentativa de estimular essa relação entre eles”, finaliza a responsável pelo Caps-i.  

 

 

Localizado na Avenida Capitão Mor Gouveia, no bairro de Cidade da Esperança, as principais tarefas feitas no Caps-i são realizadas em grupos distintos. São eles: G-Baby, para crianças de até 5 anos de idade; G1, de 5 a 10 anos; G2, de 10 a 17 anos; e o G3, que é voltado apenas para adolescentes com uso abusivo de álcool e outras drogas.