Projeto reúne rendeiras de bilro de Ponta Negra e tecnologia na Campus Party


Projeto reúne rendeiras de bilro de Ponta Negra e tecnologia na Campus Party
Crédito da imagem: Adrovando Claro

Tecnologia e tradição cultural de mãos dadas. Durante a tarde deste domingo (18), na Campus Party Natal, o chefe do Setor de Informática da Secretaria Municipal de Educação, Eliudson Raphael Oliveira da Silva apresentou a palestra “Zoada dos bilros e a tecnologia da informação – uma aplicação lógica”, como resultado de um projeto desenvolvido na Vila de Ponta Negra com as rendeiras do bairro.

 

 

 

O trabalho foi voltado para unir a tradição da renda com a tecnologia formalizada na questão da educação 4.0. A proposta mostra que os estudantes podem aprender também com a tradição popular e ao mesmo tempo conhecer a tecnologia, inserindo também os conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Geometria, Ecologia, História e Geografia.


 

 

Durante a palestra, Eliudson Oliveira destacou a importância para valorizar a cultura de cada bairro, e no caso específico da Vila de Ponta Negra, a tecnologia pode ser aliada e utilizada não só para atrair mais estudantes, como também pode ser um fator de potencialização da cultura local. Todo o processo é fundamental que seja desenvolvido de maneira multidisciplinar com a presença do professor como mediador do processo.

 

 

 

No exemplo da renda de bilro, uma série de atividades são realizadas, como a questão histórica – a renda foi desenvolvida pelos espanhóis e veio para o Brasil com os portugueses. Na Matemática, tema geometria e a questão do cálculo binário, cartões perfurados com a tecnologia.

 

 

 

“A história da tecnologia também reforça a questão da necessidade de documentação histórica sobre a cultura. É um fato importante descobrir que a renda de bilro começou com os espinhos de mandacaru como agulhas, as almofadas são feitas da folha da bananeira e os cartões são produzidos a partir de sacos de cimento. Há um processo que é importantíssimo para despertar a cidadania para esses estudantes da educação 4.0 e o poder que eles têm de transformação social”, afirmou Eliudson Oliveira.


 

 

A pedagoga Fátima Regina Vieira aprendeu a fazer renda de bilro há três anos com a Vó Maria, que é mestra rendeira da Vila de Ponta Negra. Ela destaca que a proposta principal é trabalhar a questão cultura e não deixar a renda de bilro e toda sua tradição acabar. Atualmente os desenhos são feitos em computador e passa para os cartões perfurados que são transformados em rendas. “É uma maneira de expandir nosso trabalho e a Campus Party é uma vitrine para se ter conhecimento desta tradição. Associar a renda ao computador é a garantia que a cultura vai continuar em parceria com a tecnologia e não acabar”, disse Fátima Regina Vieira

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