A secretária municipal de políticas públicas para as mulheres de Natal, Aparecida França, participou de uma conversa na última sexta-feira (04) com as alunas do Projeto “Virando o jogo - Elas nas Exatas”, executado pelo Grupo Afirmativo de Mulheres Independente (GAMI). As meninas estavam se preparando para participar das Olimpíadas de Matemática que aconteceria neste final de semana, e Aparecida França foi conversar com elas para ouvi-las e levar uma palavra de apoio.

“Disse a elas que devem ter o desempenho possível no momento. Elas, por serem mulheres, não têm obrigação de provar nada para ninguém e que aquele exame precisava ser encarado com a mesma responsabilidade de outros compromissos. Elas não deveriam adoecer por causa disso, nem ficar na angústia de ter que responder a um padrão social além do que é possível dar”, apontou Aparecida França

O projeto “Virando o Jogo - Elas nas Exatas” funciona na Escola Estadual Paulo Pinheiros, no bairro de Nova Natal, zona norte, e conta com o apoio do Fundo Social Elas e do Instituto Unibanco. A ação tem como objetivo incluir as adolescentes moradoras da periferia da capital nas áreas das Ciências Exatas e Naturais, de modo que possam ampliar seus horizontes profissionais.

As meninas e mulheres alunas do Ensino Médio participam de oficinas ministradas nas escolas envolvidas com o projeto e de visitas a laboratórios de Química, Física, Matemática, Ciências Tecnológicas e da Computação da UFRN e do Instituto Kennedy. “Pretendemos estimular as jovens e adolescentes do Ensino Médio para que conheçam mais a fundo as áreas de Ciências Exatas e Naturais, geralmente dominada por homens, e possam com isso, ampliar as suas escolhas profissionais”, aponta Goretti Gomes, coordenadora do projeto.

De acordo com Aparecida França, “o bom desenvolvimento nas exatas ou nas humanas, não é uma questão de gênero. É uma questão de identificação do sujeito com aquela área e sua preparação para aquela atividade. E esse projeto visa o empoderamento da mulher, mostrando que elas são capazes, desde que desejem ocupar esses espaços. Assim, elas também podem coibir a violência contra a mulher e ocupar os espaços como sendo delas, seja em casa, seja na escola, entre amigos e amigas”, finaliza Aparecida.