Dando continuidade a programação da Semana do Meio Ambiente 2016, a Prefeitura do Natal em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (URFN) e Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor),  realizou durante toda a manhã desta quarta-feira, 1º de junho, uma mesa redonda para discutir “Os Impactos das Mudanças Ambientais Globais na Saúde Humana”.

O evento ocorreu no auditório da Superintendência de Infraestrutura, no campus universitário e contou com a presença de estudantes, instituições educacionais, entidades relacionadas ao meio ambiente, organizações não governamentais, profissionais ligados à saúde, educação e preservação ambiental, entre outros interessados.  

Segundo a Chefe do Setor de Educação Ambiental (SEA) da Semurb, Laura Paiva, o grande objetivo da mesa redonda é fazer com que a sociedade possa refletir sobre os efeitos da ação humana no meio ambiente e consequentemente na saúde da população.  “Há evidências muito concretas de que essa interferência é nociva tanto para o meio ambiente, quanto para os próprios seres humanos. A poluição atmosférica causada pela grande quantidade de poluentes emitidos pelos veículos automotores, por exemplo, afeta gravemente a atividade respiratória”, comenta.

O debate foi coordenado pela professora do Programa de Educação Ambiental da UFRN, Marjorie Medeiros, e a mesa composta pela Técnica da Vigilância de Riscos da Secretaria de Sáude (SMS), Denise Oliveira, tratando dos efeitos das mudanças climáticas na saúde; pelo do Coordenador do Laboratório de Transferência de Calor da UFRN, George Medeiros, explicando as inconstâncias climáticas; pelo Superintendente Fetronor, Eiblyng Menegazzo, apresentando o programa Despoluir; e do Supervisor de Poluição Atmosférica e Sonora da Semurb, Evânio Mafra, falando sobre as ações de fiscalização realizadas pela secretaria.

Em sua palestra, a técnica Denise Oliveira, apresentou os efeitos das mudanças climáticas n as alterações dos ecossistemas e dos ciclos biológicos, geográficos e químicos.  Além disso, detalhou as condições epidemiológicas de morbidade e mortalidade provocados pelos impactos ambientais, principalmente, pelas temperaturas extremas. Desde problemas respiratórios, arboviroses , doenças atribuídas aos estresse, mortes súbitas  e outras situações que colocam a vida em risco como os desastres.

Já o professor George Marinho apresentou o trabalho desenvolvido pelo seu grupo de pesquisa em parceria com o CNPQ sobre as transferências de calor, educação e radiação solar. Ele enfatizou que a radiação solar afeta a atmosfera e é necessário conhecer para intervir. “A radiação apresenta pontos positivos e negativos, dentre os mais conhecidos o envelhecimento precoce e câncer de pele. São três milhões  de casos de câncer diagnosticados  anualmente no mundo, despertando a atenção de vários governos quanto ao tema”, disse.

Enquanto que o Superintendente Fetronor, Eiblyng Menegazzo, explanou sobre o Programa Ambiental do transporte Despoluir, que tem como objetivo criar uma cultura de responsabilidade ambiental no setor transportador brasileiro e contribuir com os esforços mundiais visando à diminuição da emissão de CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Despoluir foi lançado em julho de 2007 pela Confederação Nacional do Transporte CNT e atua na área base da Fetronor em parceria com a Federação. E defendou o uso do transporte coletivo de qualidade, considerando a diminuição do uso de veículos próprios e consequentemente melhorando o trânsito e outras questões relacionadas a saúde.

Finalizando a mesa arredonda o Supervisor de Poluição Atmosférica e Sonora da Semurb, Evânio Mafra, destacou as controvérsias sobre a questão do aquecimento global de acordo com vários teóricos especialistas no assunto. E apresentou outros indícios que ele considera  implicar na poluição atmosférica, em especial, a queima de lenha de procedência duvidosa nas fornalhas de padarias e pizzarias, que podem contribuir para o lançamento de outros resíduos perigosos na atmosfera.  E encerrou com algumas ações e projetos da fiscalização da pasta para combater a poluição sonora, atmosférica e da água e solo de Natal.