Para os alunos da Escola Municipal Monsenhor José Alves Landim a tarde da última sexta-feira (27) foi marcada por uma mistura de cores, criatividade e diversão. Cerca de 150 alunos participaram do II Festival de Pipas realizado na sede da unidade, localizada no bairro do Soledade II, Zona Norte da Cidade.

O festival foi desenvolvido dentro do projeto “Um Novo Olhar sobre o Espaço” com o objetivo de trabalhar a criatividade, liberdade e envolvimento dos alunos nas diversas disciplinas, além de proporcionar um aprendizado lúdico. “Trabalhamos todas as disciplinas. Na Geografia mostramos as condições atmosféricas e na Matemática com as formas geométricas”, disse o professor de Geografia e idealizador do projeto, João Pedro da Silva.

Durante as oficinas os alunos confeccionaram cerca de 200 pipas, que foram expostas na escola colorindo o ambiente. O festival além de expor toda criatividade dos alunos, resgatou um brinquedo que hoje já não é tão usado nas brincadeiras das crianças. O alunos Valdison Filho, 13 anos, destacou a importância de não usar cerou – mistura de cola com vidro moído - usado em linhas de pipas. “É melhor usar a linha natural. É a mesma sensação e ninguém se machuca”, concluiu.
O festival além do aprendizado, trouxe para os alunos o gostinho da competição saudável, de vencer e repassar conhecimento. Os competidores mais experientes atuaram como instrutores para os iniciantes. Rodrigo Santos, 16 anos, ficou com o 2º lugar da competição e disse que “é bom assistir meus amigos aprenderem também com o pouco que ensinei”, disse emocionado.

O 1º lugar na competição ficou com o aluno Zildo Coelho, de 16 anos, que levou pra casa uma bicicleta de marchas. Rodrigo Santos, que ficou em 2º lugar ganhou um relógio e Valdison Filho, de 13 anos ganhou uma bola de futsal pelo 3º lugar.

As pipas não foram as únicas atrações na tarde cheia de alegria e dinamismo. Os alunos também expuseram os trabalhos realizados nas oficinas de grafite e resgate de brinquedos antigos, como bonecas de pano, carrinhos de rolimã, pé de cavalo com quenga de coco entre tantos outros. Gabriela Duarte, 11 anos, foi responsável pela confecção de uma bonequinha de pano e disse que achou um pouco difícil, mas que adorou aprender. “Apesar das inúmeras furadas no dedo com a agulha na hora de costurar a boneca, foi muito bom aprender a fazer, foi algo novo”, declarou.

Gabriel Bezerra, 19 anos foi o instrutor das oficinas de grafite e falou da importância da realização de trabalhos como esse nas escolas. “É um incentivo muito importante, além de despertar novos talentos que talvez estivessem escondidos. Eu por exemplo, comecei a fazer grafite em um projeto como esse na minha escola e hoje estou dando aula” destacou.

Ninguém ficou de fora da produção do festival. Todos colaboraram de alguma forma, para quem não sabia fazer ou empinar, ficou responsável por outra atividade, como é o caso do João Gabriel da Silva, 11 anos, que foi o responsável por finalizar tecnicamente a arte da camisa criada pelo colega. “Levei uma semana para terminar, deu um pouco de trabalho, mas valeu”, comemorou.

A bibliotecária Marluce Dantas, 63 anos deu sua contribuição para a realização do evento, como instrutora nas oficinas de boneca de pano. “Foi maravilhoso” Foi como voltar minha infância”, falando da alegria de repassar para outras gerações o que aprendeu quando era criança.