A Prefeitura do Natal, por intermédio da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), abre nesta quarta-feira, dia 16, a exposição “O Corpo na Arte Africana” com cerca de 140 obras de arte reunidas pelos pesquisadores Wilson Savino, Wim Degrave, Rodrigo Corrêa de Oliveira e Paulo Sabroza. A exposição ficará na galeria Newton Navarro (na sede da Funcarte) até 31 de maio. A entrada é franca.

A cooperação com os países do continente africano trouxe um efeito positivo inesperado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de estabelecer laços nas áreas de educação, pesquisa e saúde, alguns dos pesquisadores brasileiros que participam das missões da Fundação ao continente se apaixonaram pela arte africana e acabaram formando importantes coleções, que serão expostas pela primeira vez ao grande público na mostra “O Corpo na Arte Africana”.

A exposição comemora o sucesso da cooperação Fiocruz- África e marca a aprovação em 2012, pelo Congresso Nacional Brasileiro, da abertura do primeiro escritório internacional da Fiocruz, localizado em Maputo, capital de Moçambique.


Corpo e arte
Exposição única, “O Corpo na Arte Africana” conta com cerca de 140 obras de arte reunidas pelos pesquisadores Wilson Savino, Wim Degrave, Rodrigo Corrêa de Oliveira e Paulo Sabroza. As obras estão divididas em cinco módulos: “Corpo individual & Corpos Múltiplos”; “Sexualidade & Maternidade”, A “modificação e a decoração do corpo”, “O corpo na decoração dos objetos” e “Máscaras como manifestação cultural”.

Para Luisa Massarani, chefe do Museu da Vida, a exposição chama a atenção para a colaboração científica entre o Brasil e países africanos. “Buscamos contar esta história de uma forma charmosa e inesperada, tendo como ponto de partida a paixão despertada em pesquisadores brasileiros pela arte africana”, disse.

Por exemplo, no módulo “O corpo na decoração dos objetos”, é mostrado que representações humanas em desenhos, entalhes e esculturas ornamentam vários objetos e utensílios africanos, como instrumentos musicais, cetros, mobiliário, portas, cachimbos, colheres e recipientes. Além da decoração, estes objetos especiais dão prestígio ao dono e muitas vezes refletem a posição hierárquica que ele ocupa.

O módulo “Máscaras como manifestação cultural” aborda o significado de algumas máscaras, que, ao cobrirem o corpo humano ou uma de suas partes, transformariam aqueles que as vestem na encarnação de divindades ou ancestrais.

Gisele Catel, historiadora, antropóloga e também curadora da exposição, enaltece a importância e diversidade da arte africana. “Temos objetos de cerca de 50 etnias e cada uma delas é um universo. Como estamos fazendo uma exposição unindo todas elas, optamos pelo diálogo direto da obra de arte com o público. O acervo desta exposição é resultado de milhares de anos de arte. A civilização africana é muito antiga e sua arte é milenar.

“O Corpo na Arte Africana” é uma realização da Presidência da Fiocruz, do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz e Instituto Oswaldo Cruz, com apoio da Faperj. A mostra ocupa a Galeria Newton Navarro a partir desta quarta-feira (16) até 31 de maio. A exposição fica aberta ao público das 8h00 ás 12h00, de segunda a sexta-feira.