Nem o tempo nublado afastou a multidão presente no show de Zeca Baleiro desta sexta-feira (20), no palco montado no entorno da Árvore de Mirassol. Neste sábado, último dia da programação dos autos e shows nacionais, acontece o encerramento da temporada do espetáculo “Natal, Encruzilhada do Mundo”, às 20h, e ainda o show Confraria do Choro, a partir das 21h. Na Zona Norte, um dos momentos mais esperados da programação: o show do cantor Fagner. Antes, show do renomado instrumentista Sérgio Groove, às 21h, e a última apresentação do espetáculo “A Estrada, ou o Milagre da Fé”, às 20h.
O ponto alto do show foi a homenagem de Zeca Baleiro ao rei do brega, Reginaldo Rossi, falecido na manhã desta sexta, vítima de falência múltipla de órgãos após diagnosticado um câncer de pulmão. Zeca Baleiro já interpretou canções de Rossi nos últimos shows realizados em Natal e já se declarava fã declarado. No show, mostrou ainda a gama de sucessos que marcou sua carreira para cerca de 15 mil pessoas – talvez o maior público entre os três shows nacionais já apresentados no Natal em Natal 2013. “Não é todo dia que se tem a oportunidade de se apresentar para tanta gente. Então é vir com os maiores sucessos e chegar arregaçando”, contou.
Para iniciar a noite, a família natalense, também presente em bom número assistiu ao espetáculo ‘Natal: Encruzilhada do Mundo ou Sobre a Areia e o Vento’, na estrutura de arquibancadas e tablado montada ao lado da Árvore. A peça abordou uma história não contada da capital potiguar, ou pelo menos não contada pelos personagens anônimos: uma viagem à primeira metade do século passado e um voo imaginativo da Natal da Segunda Guerra; da Natal vocacionada à aviação, ao cosmopolitismo de uma cidade aberta ao mundo, localizada na esquina do continente.
Em seguida, o virtuosismo instrumental do guitarrista Jubileu Filho abriu a noite musical. Acompanhado de uma banda afiada, formada por bambas como o guitarrista Cacá Veloso, o contrabaixista Erick Firmino e o premiado baterista Rogério Pitomba, Jubileu mostrou um repertório variado, de Luiz Gonzaga a Beatles, do frevo ao jazz. Já no palco o músico elogiou a iniciativa do prefeito Carlos Eduardo Alves em promover um evento de números instrumentais para tanta gente. Nos bastidores, ao fim do show, ele foi mais enfático: “Cara, é muita coragem fazer isso. Mas se tiver acesso a esse tipo de música,o público interage”. E Cacá Veloso acrescentou: “Tantas vozes brigando por este espaço e o instrumental ganhou vez”.
O cantor Fagner, que já está em Natal desde a sexta-feira e gravou um DVD ao lado de Zeca Baleiro, com repertório mesclado entre os sucessos de ambos, havia combinado por telefone de atender o convite de Baleiro e dar uma canja no show do amigo, na noite de ontem, mas não apareceu. Mas neste sábado, ele estará no palco principal montado no entorno do Ginásio Nélio Dias, para fechar a programação do Natal em Natal.