Jovens da Casa de Passagem III expõem no Museu da Cultura Popular


Jovens da Casa de Passagem III expõem no Museu da Cultura Popular

 

A arte como forma de expressão e entretenimento. A arte que une e transborda no papel os sentimentos de Júlia, Carlos Augusto, Jaqueline, Jefferson e Kaline. Os trabalhos desses jovens artistas poderão ser apreciados no Museu da Cultura Popular Djalma Maranhão - MCP. Eles são jovens acolhidos pela Casa de Passagem III, uma modalidade de abrigo emergencial e temporário gerido pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social. Além deles, as obras dos demais adolescentes da casa estarão abertos à visitação a partir da próxima terça-feira (13), quando será realizada a abertura oficial da exposição “Passagem: uma estética de amor”, com início previsto para as 19h.
 
 Até o dia 28 deste mês, as 27 obras em giz de cera, lápis de cor e colagens que compõem a exposição poderão ser vistas das 9h às 17h, de segunda a sexta, e das 10h às 16h, nos sábados, domingos e feriados. Elas são o resultado das oficinas de artes realizadas na Casa de Passagem III desde o início deste ano. O uso das cores em tons vibrantes evoca o universo íntimo de cada adolescente em praias, sertões, favelas e figuras geométricas. Além delas, seis painéis em grafite, feitos pelo arte educador da Casa, artista plástico e curador da exposição, Manoel Barros, recepcionam os visitantes logo na entrada da galeria.
 
 Barros acredita no poder transformador da arte e por isso, através da Semtas, mobilizou os jovens da Casa de Passagem III para a primeira exposição, realizada em setembro durante o Seminário de Realidades Juvenis do Colégio Marista. Sobre a exposição no MCP Djalma Maranhão, ele diz estar ainda com mais expectativas. “Agora vamos mostrar para toda a população natalense a criatividade desses meninos e meninas, e a importância do trabalho que desenvolvemos na Casa de Passagem III, que também é de inclusão social, exercício da cidadania, lazer e cultura”, destaca.
 
 “Quando o jovem tem acesso à arte, ele desperta para o poder de comunicação, criação e transformação embutidos nele. É a oportunidade que eles têm de exteriorizar suas realidades e a cultura de rua. É também uma forma de trabalhar seus problemas, funciona como uma terapia”, conclui o arte educador.
 
Para a gestora da SEMTAS, Rosy de Sousa, essa é mais uma maneira de valorizar cada jovem abrigado. "É uma honra e uma imensa felicidade organizar uma exposição como essa. Ver que nossos jovens estão alegres, motivados é tudo que queremos", revela a secretária.
 Alguns dos trabalhos expostos serão reproduzidos em cartões postais, que estarão à venda. Manoel vê a iniciativa como uma forma de valorizar e aumentar a autoestima dos jovens artistas, além do dinheiro arrecadado contribuir para custear a aquisição de mais material para a realização das oficinas de arte.
 
Sobre o Arte Educador
Manoel Barros é recifense e atua como artista plástico há 20 anos. Ele está envolvido em projetos sociais desde 2006 e já teve seus trabalhos expostos na Europa. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação coordenou um projeto de arte contemporânea e grafite em escolas, tendo também atuado no Programa Projovem da Semtas como orientador de dois participantes em um concurso internacional de cartaz publicitário.
 
 Sobre as Casas de Passagem
 As Casas de Passagem constituem-se em um serviço de alta complexidade, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e que tem como objetivo oferecer acolhimento de caráter emergencial e provisório. Em Natal, há três delas. A unidade I atende crianças de 0 a 6 anos de idade. A unidade II abriga crianças entre 7 e 12 anos e a III, jovens entre 13 e 18 anos incompletos que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, vítimas de maus-tratos e cujos direitos tenham sido violados.
 
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