Setembro Azul é discutido em mesa redonda com professores da Educação Especial


Setembro Azul é discutido em mesa redonda com professores da Educação Especial
Discussão destacou a importância da inclusão social na Educação
Foto: SME

A Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio do Departamento de Ensino Fundamental e o Setor de Educação Especial promoveu uma mesa redonda online com a temática “Setembro Azul: Desafios e possibilidades no fortalecimento de uma rede de apoio inclusiva”, reunindo 76 professores de Libras, coordenadores e especialistas em intérprete de Libras.

A mesa redonda teve a mediação da assessora pedagógica do Setor de Educação Especial, Tereza Cristina Medeiros, que destacou a importância da inclusão social na educação para fortalecer uma rede feita a partir de muitos segmentos da sociedade. A programação destacou os temas: “A importância do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Natal (Comude) na efetivação das políticas públicas destinadas à pessoa surda” com Kátia Oliveira e Juliana Fonseca (Comude/Asnat); “Central de Interpretação de Libras (CIL): um serviço de apoio à inclusão social das pessoas surdas” com Auricélia Souza (Cil/Semtas) e os relatos de experiências “Compartilhando experiências como mãe de criança surda” com a professora Elizabete Siqueira (SME/Natal), e “AEEB: relato de experiência sobre os atendimentos dos estudantes surdos em formato virtual” com as professoras e pedagogas de Libras, Daniela Soares, Maria Maia e Luana Costa, todas da SME/Natal.  

Durante o relato de experiência, a professora da Rede Municipal de Ensino, Elizabete Siqueira, conversou sobre o tema “Compartilhando experiências como mãe de criança surda”. Ela relatou que começou procurando aprender um idioma de uma modalidade diferente e precisou modificar também toda uma cultura ouvinte dentro de uma casa para poder incluir o filho de sete anos, João Pedro. Foi quando direcionou todos os esforços para Libras, uma linguagem totalmente sinalizada. “Meu filho não tinha prognóstico de fala, então a comunicação dele hoje é totalmente em Libras”, disse.

Entre os desafios que a professora Elizabete cita é lidar com as peculiaridades e a forma que os surdos têm de conceder a vida e que o maior artefato cultural é a visualidade, entendendo a vida de forma visual, onde toda explicação cotidiana tem que ser contextualizada de forma visual para que eles possam também estar entendendo o que está acontecendo. “Eu percebo hoje, eu tenho um filho de sete anos que é ouvinte. Para ele foi muito natural aprender Libras, porque desde bebezinho, interagia muito com ele, por exemplo, quando estava lavando a louça, fazendo as minhas tarefas, ele estava sendo estimulado em Libras e hoje ele fala fluentemente em Libras”, ressaltou.

A professora Elizabete Siqueira disse ainda que teve que aprender a Língua Brasileira de Sinais em livros, depois de uma certa idade e foi muito mais difícil e que até hoje continua o aprendizado de forma constante. “Estou sempre pesquisando, muito curiosa a respeito do conhecimento porque eu preciso aprender e tenho uma causa dentro de casa e essa causa é altamente sentimental pelo meu filho e estou constantemente buscando essa informação em livros, através de amigos, pedindo livros emprestados, perguntando e tirando dúvidas”, finalizou a professora da Rede Municipal.

Participaram também do evento a secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Naire Capistrano, a diretora do DEF, Noélia Barbosa, e a chefe do Setor de Educação Especial, Priscila Dantas.

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