Formação Cenas de Leitura tem palestra do jornalista Carlos Peixoto  




Dando continuidade ao processo formativo destinado aos professores de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal, foi realizado o terceiro “Diálogos Pedagógicos” que integra a formação Cenas de Leitura. O encontro virtual reuniu 87 educadores e contou com palestra do jornalista e escritor Carlos Peixoto conversando sobre o tema “O processo criativo na ficção”.  A palestra foi mediada pela professora e assessora pedagógica do Departamento de Ensino Fundamental, Ednice Peixoto.

Carlos Antônio Peixoto de Souto, que atuou como repórter e editor em rádios, emissora de televisão e jornais de Natal, ex-diretor de redação da Tribuna do Norte, começou a palestra elogiando a iniciativa da formação Cenas de Leitura que é extremamente valiosa, principalmente nesse momento em que a literatura, a cultura, passam por uma série de ataques e desvalorização. “É importante discutir sobre a leitura na educação, procurar maneiras de reafirmar a importância, a utilidade desse trabalho, principalmente da literatura, da geração de conhecimento, que são as bases que formam a cultura”, pontuou.  

Carlos Peixoto se posicionou na relação do processo criativo de um livro, com o uso da imaginação na construção da ficção, apontando os objetivos que se desenvolvem de forma positiva para organizar e elaborar a ideia da narrativa. “Não existe uma receita pronta para o autor escrever a ficção. A imaginação, ela é extremamente positiva, mas precisa de certos instrumentos de narrativa que são diferentes no entendimento de pessoa a pessoa, algumas que são mais imaginativas, outras não tem imaginação nenhuma”, ressaltou.

Aficionado por relatos históricos por literatura e jornalismo, Carlos Peixoto escreveu “História de Parnamirim”, em 2013 e lançou em 2020, “Lendas da Revolução”, ficção de fundo ­­­­histórico com temática da Revolução de 1931. Peixoto comentou que o escritor e autor que lida com temática histórica, não é obrigado a escrever um romance histórico na mesma ordem e cronologia. “Bom senso não é uma questão de formação intelectual, nem de treinamento teórico ou acadêmico, se tem um romance de temática histórica, tem as duas partes básicas, uma é a parte histórica da narrativa histórica e a outra da ficção. Não se pode compreender aquele romance como um todo, ou só a parte histórica, de imaginação, de ficção, como verdades absolutas. Um romance histórico é despertar no leitor, a ler mais, a procurar referências históricas”, explicou.

Para a professora Ednice Peixoto, o tema se destacava para valorizar a leitura literária e a troca de ideias. “Cada professor tem uma experiência, gosta de um tipo de leitura, existe a união em prol desse objetivo para ver se consegue trabalhar essa literatura dentro da sala de aula”, disse. A palestra foi realizada na noite da última quarta-feira (02). 

Anterior:
Próximo:

Logo da Prefeitura de Natal
R. Ulisses Caldas, 81 - Cidade Alta, Natal - RN, 59025-090 - Ouvidoria Geral (84)3232-6389